Revista Oeste: UMA GUERRA ESPIRITUAL

10/02/2023 11:01

UMA GUERRA ESPIRITUAL

As mentes distorcidas por trás do Grammy quiseram apenas induzir choque e indignação por se deleitar com a ojeriza que possam produzir em espectadores conservadores e tementes a Deus

Por Ana Paula Henkel – Revista Oeste

Para qualquer um que ainda duvide da demoníaca agenda globalista, ou da intensidade da podridão dessa agenda que devora nosso núcleo moral coletivo, o Grammy Awards 2023, a premiação para os “melhores” músicos e suas “obras”, esclareceu o estado atual das coisas: cruzamos uma linha vergonhosa na história da humanidade e estamos afundando em velocidade vertiginosa em areia movediça, produzida por confecção própria e covardemente aceita por uma sociedade paralisada pelo medo dos atuais jacobinos e sua fábrica de cancelamentos.

Transmitido para todo o mundo no último domingo, a cerimônia teve em seu ponto alto — na verdade, baixo — a performance de “Unholy” (algo como ímpio, pecaminoso, profano), dos cantores Sam Smith e Kim Petras. Oferecendo uma exibição perturbadora, com elementos e imagens demoníacas, a performance do cantor que agora se declara “gênero neutro”, o que quer que isso signifique, imediatamente viralizou. Enquanto os chifres do diabo e as dançarinas demônios orgulhosamente empinavam seus derrières pelo palco, milhões de pessoas que assistiam à performance não pouparam críticas ao péssimo gosto do show. Uma tempestade de indignação tomou conta das redes sociais ainda no domingo, e, durante a semana, a bizarrice foi o centro de milhares de posts nas redes sociais que declaravam a mais absoluta aversão ao ato “artístico”.

Como não assisti ao vivo e diante da imensa repercussão (não perco mais o meu tempo com cerimônias lacradoras que não são nada além de pedágio ideológico), resolvi procurar a tal performance no YouTube e tirar minhas próprias conclusões. Sim, foi uma ode ao capiroto; mas, sinceramente? Depois do choque inicial pelo extremo mau gosto (difícil não sentir uma certa vergonha alheia e desejar que acabem logo com a apresentação, pelo bem deles…), não pude deixar de reconhecer meu sentimento de tristeza; não apenas pelos dois cantores, mas pela histeria de algumas pessoas na plateia que acharam pertinente elevar uma apresentação que encapsulava tudo de errado que há atualmente na cultura norte-americana e mundial. A celebração do mal por Hollywood já acontece há muito tempo e sempre reverberou nas sombras, podemos até voltar nos anos 1950 com a infestação da indústria pelos soviéticos e a tentativa da propagação de suas ideias, mas, nos últimos anos, houve uma mudança de tom — os temas satânicos estão repentinamente sendo destacados de maneira insistente e com novas táticas.

Sam Smith e sua exibição perturbadora, com elementos e imagens demoníacas | Foto: Reprodução redes sociais

Já se foram os dias em que o diabo espreitava e colocava seu plano de ação sem ser detectado e se disfarçava de anjo de luz, escondendo-se em diagramas que eram um quebra-cabeça. Agora, ele tem recebido toda a atenção de uma imprensa perdida, pervertida e vendida, com celebridades perpetuando imagens ocultistas, e o público devorando-as como balas e doces no Halloween. Para qualquer pessoa razoável que não se compromete com a corrosão cultural, há lições importantes para serem coletadas e digeridas. Não podemos desistir de restabelecer o mínimo da sanidade moral perdida para que futuras gerações não padeçam por nossa falta de ação ou coragem de enfrentar a turba que não aceita ser chamada de ridícula. A decisão de divulgar o mal ao público só mostra o estágio da degradação humana, não apenas pelo lado de que o mal é real e fazer pouco dele ou entretê-lo é um sinal de doença espiritual, mas pelo fato de que estamos alimentando uma geração de doentes que é capaz de relativizar o mal por atenção. A geração da autoindulgência e dos prazeres imediatos se tornou um monstro.

Cantores, celebridades, atletas e até políticos nos EUA e no Brasil se alimentam, se embriagam e se viciam na notoriedade, e, assim, tudo o que fazem é uma busca calculada por atenção. Sam Smith, por exemplo, agora como diabo no Grammy, é o mesmo homem que assumiu ser gay após o lançamento de seu primeiro álbum, em 2014. E, como esperado, ninguém realmente se importou. A verdade é que ninguém se importa com a orientação sexual das pessoas já há muito tempo. Quando seu segundo álbum foi lançado, em 2017, Smith “saiu novamente” do armário, dessa vez como “genderqueer”, dizendo: “Eu me sinto tanto mulher quanto homem”. E, novamente, ninguém realmente se importou. Alguns meses antes do lançamento de seu terceiro álbum, Smith “saiu do armário” pela terceira vez com o rótulo mais atual de “não binário”. O cantor demonstra o problema real dessa geração vazia na cabeça e no conteúdo: quando o seu perfil depende de uma identidade “ousada”, você precisa continuar com um fluxo interminável de novas identidades. Caso contrário, sua verdadeira identidade, um artista chato e irrelevante, não consegue brilhar. Smith é a síntese das Anittas e Pabllos da atual sociedade: uma fraude narcisista e chata.

Se você achou o desempenho de péssimo gosto, você é um fanático odioso. Se você achou que a performance foi um triunfo brilhante para as classes oprimidas, então você tem a mente aberta e está do lado certo da história

Outro ponto pra lá de exposto da nefasta agenda empurrada por Hollywood e seus satélites é a nova e estranha pauta LGBTQVNHTRSKJTRDPT+. Dos figurinos afeminados de praticamente todos os homens, como o horroroso macacão usado por Harry Styles, passando por Beyoncé dedicando sua vitória à “comunidade queer” (da qual, curiosamente, ela não faz parte), a Kim Petras coroando-se narcisicamente como a primeira mulher transgênero a vencer na categoria de Melhor Duo/Grupo Pop. A única maneira para os espectadores que queriam ver boa música escapar da agenda LGBTQFSTHANBSH+ era desligando a TV. E é exatamente aqui, nesta excêntrica agenda gay, que mora um dos maiores perigos para a séria comunidade gay.

Harry Styles | Foto: Reprodução redes sociais

Tiro no pé

Smith e Petras afirmam que são ferrenhos defensores da comunidade LGBT. Petras chegou a dizer que sua performance com o tema Satanás pretendia simbolizar como eles se sentem isolados e rejeitados pela religião por causa de suas identidades. Mas, se eles realmente se importam com a aceitação LGBT, essa foi a pior maneira possível de promovê-la. Embora possa ser fácil para aqueles que moram em grandes cidades ou nas costas dos Estados Unidos esquecerem a performance no dia seguinte, muitos norte-americanos não convivem diariamente com gays, lésbicas ou transgêneros, e sua impressão da “comunidade LGBT” é formada em parte por manchetes de notícias e celebridades. Cerca de 10 milhões de pessoas assistem ao Grammy todos os anos, mas incontáveis milhões assistem apenas a clipes ou coberturas. Um número imensurável, mas significativo, agora ficará com a impressão, consciente ou subconsciente, de que a comunidade LGBT não é composta, principalmente, de pessoas normais como eles, com algumas diferenças, claro, mas que o movimento é uma aberração para seus valores e para o seu Deus.

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